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terça-feira, 26 de novembro de 2013

O CONTROLE DA RELIGIÃO





Conviver em sociedade consiste em um acatamento de ordens e preceitos que são julgados indispensáveis por cada indivíduo que a constitui, para que de fato, esta sociedade possa existir. Em suma, esses direitos estabelecem dois pontos: direitos e deveres, ou em uma segunda análise, recompensas e punições.

                Para manter esse regramento, uma sociedade acaba desenvolvendo dispositivos que irão reger essas regras, são as chamadas instituições. Entre essas instituições, na sociedade cotidiana, pode-se citar como exemplo a família, religião e Estado. Estas instituições são as mais tradicionais e reconhecidas desde a história antiga da humanidade, mas hoje pode-se acrescentar ainda a estas, o poder econômico.

                Como uma análise de instiuição de controle, a religião se mostrou uma das mais eficientes desde a antiguidade seu reflexo é muito forte até os dias atuais. Toda essa eficiência deve-se ao aspecto que ela exerce sua influência diretamente sobre a parte moral do comportamento humano, fornecendo respostas para dois conceitos inerentes à consciência humana e que todos os indivíduos procuram desde o início de suas vidas até seus últimos suspiros: Bem e Mal ou Certo e Errado.

                Todo ser humano tem uma necessidade incólume de encontrar respostas para tudo, só que as respostas, em sua grande maioria, são muito mais complexas e difíceis de serem encontradas do que as perguntas que são elaboradas. A religião é o caminho mais rápido e fácil de se chegar a essas respostas de difícil complexidade. Em uma análise rápida, sem muita pesquisa, tudo que é inexplicável pela ciência do conhecimento humano, encontra resposta rápida nas divindades ou no sobrenatural, independentemente de qual cultura se está analisando, seja ela ocidental ou oriental. Hoje, a idéia de que o planeta terra é achatado e que na borda que delimita o seu fim existem monstros marinhos que devoram tudo que dela cai parece ridícula, mas a aproximadamente 500 anos, quem discordasse disso era considerado “maluco ou herege”.

                O que absolveu os “malucos ou hereges” de aproximadamente 500 anos atrás foi o conhecimento, por meio da comprovação científica de uma realidade que até então era ignorada. Esse foi mais um dos embates que desde o princípio vem ocorrendo entre o conhecimento e a religião. Talvez, em um futuro próximo ou distante, chegue-se a conclusão de que conhecimento e religião são a mesma coisa, pois um pode promover a evolução do outro a fim de que seus conceitos se complementem. Todavia, atualmente e desde a origem de ambos, a guerra é declarada.

                Na bíblia cristã, no próprio livro de Genesis, fica explícito que o conhecimento foi a queda do homem e é justamente esse conhecimento, que é demonizado em várias religiões, que tem sido o algoz dos mecanismos de controle não só de religiões como por exemplo de Estados. A ciência é lenta e falha, isso assumidamente, porém quando se manifesta ela apresenta provas que comprovam suas teorias, mesmo que estas possam ser refutadas. Já a religião não, ela apresentou-se e apresenta-se em grande maioria dos casos como absoluta e infalível, portando respostas simples e sem comprovação, baseada em testemunhos e sempre atribuídas a um poder superior. Com tudo que já foi feito em nome, razão ou conseqüência deste poder superior, deduz-se que este tem as costas bem largas.

                A bússola moral do ser humano, na grande maioria dos indivíduos, não é fixa, ela é móvel e varia de acordo com o meio social ao qual o individuo pertence. Mas por mais que os influenciáveis sejam a maioria, existe uma minoria que independentemente da cultura em que tenha nascido, compreende o valor universal da humanidade que deságua em um único ponto: preservação da vida, não apenas a humana e não apenas no sentido biológico. Para estes não há necessidade de que qualquer religião lhes diga o caminho a seguir, no íntimo destes, já está impresso o que é certo ou errado. Para os demais, nos quais essa bússola moral está oscilante, a religião chega como resposta da questão do certo ou errado. É aí que está a armadilha.

                Em uma primeira análise, algumas religiões também aparentam direcionar para o valor da preservação da vida, mas no momento em que estas criam os conceitos repressores de bem e mal, certo ou errado, elas estabelecem mecanismos de controle que nem sempre vão em direção à preservação da vida, valendo-se principalmente do medo que incurtem.

                Ao analisar a vida no planeta terra como um todo, onde tudo está interligado, pode-se chegar a conclusão de que na verdade, toda a humanidade e o ecossitema são passageiros de um barco no oceano. Conceitos de Religião e Estado, nada mais são do que formas de confinamento desses passageiros nas cabines do barco. Se uma religião segue a bandeira de que há um povo escolhido e um povo excluído já pegou a contramão da idéia de que todos provêm da mesma fonte e, ainda, se outra religião se apega ao conceito de que há uma fonte criadora de imensa sabedoria,  amor e piedade, e que os povos que são infiéis a essa fonte criadora, merecem serem punidos por ordem da fonte, atestam que talvez essa fonte não seja assim tão sábia, amorosa e piedosa.

                Neste ponto, não entra-se no mérito da questão da fonte criadora. Esta não passa de vítima de distorções de conceitos para servir a propósitos humanos.  Não foi  uma, nem duas vezes que foi usada uma divindade como pretexto para sacrifícios, aumento de impostos, guerra ou assédio moral. Aqueles, cuja a bússola moral é fixa, que ousaram contestar a verdades absolutas e sem explicação sempre foram vistos como infiéis ou loucos, sendo automaticamente excluídos das sociedades as quais pertenciam. Na verdade os infiéis e loucos assim era classificados porque representavam algum risco ao controle que determinada religião exercia sobre uma sociedade contestando, via de regra, as autoridades sacerdotais e escrituras tidas como sagradas.

                Com relação à escrituras sagradas, todas, sem exceção, foram feitas por mãos humanas, alegando-se a inspiração divina. Só que ao serem estudadas, fica nítido o propósito de conciliar uma visão humana em favorecimento de um determinado grupo e que a mensagem final possa arregimentar novos seguidores a fim de fortalecer o séquito original, tornando-o superior aos demais. Em verdade, religiões auxiliam em uma formação de conceitos humanistas, porém elas erram ao pregarem que estes conceitos devam pertencer a grupos ou que seja necessária uma conversão para que tais conceitos possam verdadeiramente levar a uma salvação divina.


A defesa da vida e proteção dos fracos são verdades que já estão impressas na psique humana, ainda que inconscientemente. No íntimo, o grande sabe que é responsável pelo pequeno e que tirar vantagem deste último é errado. Nesses valores não há necessidade de religião, porém quando alguma cultura ou civilização vai contra esses valores, inventa-se uma religião que justifique atrocidades ou crimes contra outros ainda que, ironicamente, alegue estar defendendo o fraco ou minorias menos favorecidas. A principal ferramenta para isso são os sacerdotes e escrituras que se tornam incontestes por serem o elo com o divino. Estes se tornam os principais agentes de repressão contra aqueles que, por terem conhecimento, questionam o sistema como ele se apresenta.
           Por fim, como foi mencionado, todo ser humano sabe em seu íntimo o que é bom ou mau para ele e seus semelhantes, isso está em seu DNA, mesmo que isso seja ignorado e não posto em prática. Talvez esse conhecimento enterrado, sutil e furtivo seja a “espiritualidade” individual que todos possuem, o pedaço da mesma fonte cósmica original que criou tudo, ou para alguns, a fagulha de Deus. Individualmente, a fé aliada com a religião ajuda no desenvolvimento dessa “espiritualidade”, mas em sociedade a religião torna-se uma faca de dois gumes, que ao mesmo tempo pode libertar alguns e aprisionar outros.

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Conceituação de bem e mal

Bem: qualidade de valor positivo. Mal: qualidade de desvalorização. Em religiãoética e filosofia, a frase bem e mal refere-se a avaliação de objetos, desejos e comportamentos através de um espectro dualístico, onde numa dada direção estão aqueles aspectos considerados moralmente positivos e na outra, os moralmente negativos. O bem é por vezes visto como algo que implica a reverência pela vidacontinuidadefelicidade ou desenvolvimento humano, enquanto o mal é considerado o recipiente dos contrários. Por definição, bem e mal são absolutos porque qualquer enunciado moral afirma ser válido, independentemente de quem o faz, e independentemente de qualquer objeto ao qual o enunciado se refira. Por exemplo, "assassinato é moralmente errado" afirma ser um enunciado objetivo visto que não é um declaração sobre o sujeito que o declara. O enunciado também afirma ser absoluto porque implica que assassinato é mau em geral, por contraste com assassinato ser moralmente errado para que uma pessoa o cometa e não para outra.
Não há consenso se o bem ou o mal são intrínsecos à natureza humana. A natureza da bondade tem recebido muitos tratamentos; em um deles, o bem é baseado no amor natural, vínculos e afetos que se desenvolvem nos primeiros estágios do desenvolvimento pessoal; outro, afirma que a bondade é um produto do conhecimento da verdade. Existem diferentes pontos de vista sobre o porquê do surgimento do mal. Muitas religiões e tradições filosóficas concordam que o comportamento malévolo é em si mesmo uma aberração que resulta da condição humana imperfeita ("A Queda do Homem"). Por vezes, o mal é atribuído à existência do livre arbítrio e da agência humana. Alguns argumentam que o mal em si baseia-se finalmente na ignorância da verdade (isto é, valor humano, santidadedivindade). Alguns pensadores do Iluminismo alegaram o oposto, sugerindo que o mal é aprendido como conseqüência de uma estrutura social tirânica.
Teorias da bondade moral investigam quais tipos de coisas são boas e o que a palavra "bom" realmente significa no abstrato. Como um conceito filosófico, a bondade pode representar a esperança de que o amor natural sejacontínuo, expansivo e abrangente. Num contexto religioso monoteísta, é desta esperança que deriva um importante conceito de Deus—como uma infinita projeção de amor, manifesta como bondade na vida das pessoas. Em outros contextos, o bem é visto como algo que produz as melhores conseqüências na vida das pessoas, especialmente em relação a seus estados de bem estar.